Em 2007, a ONU decretou ainda a data de 2 abril como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Nesta data, vários cartões postais do mundo são iluminados de azul para chamar a atenção da sociedade para o tema, como o Cristo Redentor (Brasil), o Empire State (EUA), a CN Tower (Canadá), a Torre Eiffel (França), as pirâmides do Egito e outros monumentos.
A partir do novo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), publicado em 2013, o Transtorno Autista passou a ser incluído no diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), juntamente com a Síndrome de Asperger, o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento e o Transtorno Desintegrativo da Infância. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que uma em cada 160 crianças no mundo tem TEA, o que representa cerca de 70 milhões de pessoas. No Brasil, um estudo-piloto estima que tenhamos 1 autista para cada 367 habitantes, o que pode representar um número de mais de 2 milhões de pessoas com TEA no país.
O autismo – O autismo, cujo nome técnico oficial é o Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e no comportamento (interesse restrito ou hiperfoco e movimentos repetitivos). Há muitos subtipos do transtorno, tanto que se usa o termo “espectro” devido aos vários níveis de suporte que cada indivíduo do TEA necessita - existem desde pessoas com outras doenças e condições associadas (coocorrências), como deficiência intelectual e epilepsia; até pessoas independentes, com vida comum.
Ainda alvo de estudos, as causas do autismo são identificadas como majoritariamente genéticas. Atualmente, existem 1.031* genes já mapeados sendo estudados como possíveis fatores de risco para o transtorno (*número atualizado em março de 2022).
Ainda alvo de estudos, as causas do autismo são identificadas como majoritariamente genéticas. Atualmente, existem 1.031* genes já mapeados sendo estudados como possíveis fatores de risco para o transtorno (*número atualizado em março de 2022).
Alguns sinais de autismo podem aparecer a partir de um ano de idade, ou até antes, em casos mais graves. Entre os sinais mais comuns estão:
- Não manter contato visual por mais de 2 segundos;
- Não atender quando chamado pelo nome;
- Isolar-se ou não se interessar por outras crianças;
- Alinhar objetos;
- Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise;
- Não brincar com brinquedos de forma convencional;
- Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;
- Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo;
- Repetir frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia);
- Não compartilhar seus interesses e atenção, apontando para algo ou não olhar quando apontamos algo;
- Girar objetos sem uma função aparente;
- Interesse restrito por um único assunto (hiperfoco);
- Não imitar;
- Não brincar de faz-de-conta;
- Hipersensibilidade ou hiper-reatividade sensorial.
- Não manter contato visual por mais de 2 segundos;
- Não atender quando chamado pelo nome;
- Isolar-se ou não se interessar por outras crianças;
- Alinhar objetos;
- Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise;
- Não brincar com brinquedos de forma convencional;
- Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;
- Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo;
- Repetir frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia);
- Não compartilhar seus interesses e atenção, apontando para algo ou não olhar quando apontamos algo;
- Girar objetos sem uma função aparente;
- Interesse restrito por um único assunto (hiperfoco);
- Não imitar;
- Não brincar de faz-de-conta;
- Hipersensibilidade ou hiper-reatividade sensorial.
É muito importante que o tratamento para o TEA seja iniciado o quanto antes, com intervenções comportamentais (aplicadas por psicólogos) e outros tratamentos interdisciplinares individualizados, como fonoaudiologia, terapia ocupacional, etc. Quanto antes começarem as intervenções, maiores são as possibilidades de melhorar a qualidade de vida do indivíduo.
TEA em Paranavaí – Um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Educação mostra que, atualmente, Paranavaí tem 91 alunos, com idades entre 2 e 11 anos, laudados com TEA e matriculados na rede municipal de ensino. Destes 91 alunos, 32 são crianças matriculadas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e 59 nas escolas municipais.
Além disso, aproximadamente 16% das crianças e adolescentes (com idades entre 0 e 19 anos) atendidas no CAPS Infantil são pessoas do TEA. “Hoje, nós temos 1.878 crianças e adolescentes em atendimento no CAPS-i. Destes, aproximadamente 300 são pacientes de TEA. E estamos falando apenas de números de pacientes atendidos aqui no CAPS-i. O universo de autistas em Paranavaí é bem maior, considerando aqueles que fazem tratamentos particulares, ou no CRE, os adultos que não são tratados aqui, aqueles que ainda não são diagnosticados e aqueles que não aceitam tratamento”, explica a coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Infantil, Renata Kimura.
Além disso, aproximadamente 16% das crianças e adolescentes (com idades entre 0 e 19 anos) atendidas no CAPS Infantil são pessoas do TEA. “Hoje, nós temos 1.878 crianças e adolescentes em atendimento no CAPS-i. Destes, aproximadamente 300 são pacientes de TEA. E estamos falando apenas de números de pacientes atendidos aqui no CAPS-i. O universo de autistas em Paranavaí é bem maior, considerando aqueles que fazem tratamentos particulares, ou no CRE, os adultos que não são tratados aqui, aqueles que ainda não são diagnosticados e aqueles que não aceitam tratamento”, explica a coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Infantil, Renata Kimura.
Segundo a coordenadora do CAPS-i, “hoje muitos adultos que antigamente eram taxados como crianças estranhas, birrentas, estão sendo diagnosticados com autismo. Tiveram todo um sofrimento por desconhecimento e falta de atenção do transtorno. Historicamente, nós passamos períodos em que uma doença é aquela que marca uma geração. Até pouco tempo, a depressão era o ‘mal do século’. Agora, temos sentido que a dificuldade da vez é o autismo. Não é que nunca tivemos o autismo na nossa sociedade, mas agora existem especialistas no assunto e as pessoas enxergam essa dificuldade com outros olhos”.
Em Paranavaí, o atendimento a pessoas do TEA no CAPS-i começou com a formação de grupos terapêuticos no ano de 2018. A porta de entrada para os atendimentos no município são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). “É no posto de saúde que é feita a primeira identificação dos sinais e sintomas sugestivos do TEA. Os médicos aplicam um questionário com a família com umas escala de avaliação chamada M-CHAT (The Modified Checklist for Autism in Toddlers). É um questionário de rápida aplicação que ajuda na triagem destes pacientes, de acordo com uma pontuação pré-estabelecida. A partir daí, esse paciente é encaminhado para os atendimentos específicos no município. No caso de crianças e adolescentes, este acompanhamento é feito aqui no CAPS-i. Aqui, as crianças são acompanhadas com o psiquiatra e podem participar, de acordo com a aceitação, de oficinas de teatro, artesanato e movimento (Educação Física). Em paralelo, as mães/pais participam de palestras com psicólogos, que ajudam a família no entendimento do transtorno, no esclarecimento de dúvidas com relação aos desafios diários de cada caso”.
Em Paranavaí, o atendimento a pessoas do TEA no CAPS-i começou com a formação de grupos terapêuticos no ano de 2018. A porta de entrada para os atendimentos no município são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). “É no posto de saúde que é feita a primeira identificação dos sinais e sintomas sugestivos do TEA. Os médicos aplicam um questionário com a família com umas escala de avaliação chamada M-CHAT (The Modified Checklist for Autism in Toddlers). É um questionário de rápida aplicação que ajuda na triagem destes pacientes, de acordo com uma pontuação pré-estabelecida. A partir daí, esse paciente é encaminhado para os atendimentos específicos no município. No caso de crianças e adolescentes, este acompanhamento é feito aqui no CAPS-i. Aqui, as crianças são acompanhadas com o psiquiatra e podem participar, de acordo com a aceitação, de oficinas de teatro, artesanato e movimento (Educação Física). Em paralelo, as mães/pais participam de palestras com psicólogos, que ajudam a família no entendimento do transtorno, no esclarecimento de dúvidas com relação aos desafios diários de cada caso”.
E para quem quer entender o que é, afinal de contas, uma pessoa autista, é importante pensar que, essencialmente, ela é uma pessoa que convive com um transtorno, um desafio extra na sua jornada. É uma pessoa única, singular, com suas particularidades, assim como todas as outras que encontramos por aí. Qualquer autista, assim como qualquer pessoa considerada neurotípica, tem um universo inteiro de possibilidades e um longo caminho de aprendizado. “A pessoa do TEA, assim como a pessoa que não nasceu com nenhum distúrbio, tem problemas para lidar. São desafios diferentes para cada um. Alguns são mais sensíveis ao contato e ao toque, outros podem se incomodar mais com barulhos, outros podem ter dificuldades maiores para realizar alguma tarefa cotidiana ou cumprir as expectativas sociais. Mas a pessoa do TEA pode sim evoluir. O autista tem direitos, valores, talentos, desafios, medos e potenciais, tudo isso a seu próprio modo – o modo autista de ser”, enfatiza Renata.
Ass.Pref
RoyNews
Paranavaí terá programação especial durante o Abril Azul
Para marcar a campanha Abril Azul, Paranavaí vai ter uma série de ações especiais programadas para promover a conscientização e informação sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Confira:
De 7 a 22 de abril
Dia 26 de abril
Dia 28 de abril
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RoyNews
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